Na linguagem dos carreiristas, podemos dizer que estamos a 500 metros do Natal e a 1.000 metros do Ano Novo, e numa feliz coincidência que nesta reta final se posta os dias da bondade, do vizinho e universal do perdão, que trilogia especial para dizermos de alguém que nos deixou e em sua vida terrena foi muito bondoso, bom vizinho e praticava incondicionalmente o perdão.
Refiro-me ao cantor, violonista e gaiteiro, José Cláudio Machado, natural de Tapes e aquerenciado, pelo casamento com a Dra. Mirian Quadros em Guaíba, cidade berço da Revolução Farroupilha, que ele amou e honrou.
Nosso amigo José Cláudio era uma figura encantadora, alegre, brincalhão, espirituoso, tocava e cantava como poucos. Era politizado e odiava injustiças. Junto da arte o que mais lhe mexia com a alma eram os amigos e os cavalos, e desses cantou e recantou versos, um mais lindo do que os outros.
O Zé, como carinhosamente o chamavam, saia de uma prosa campeira para uma erudita, como montava e desmontava de um potro quando era moço. Tinha um talento para se comunicar inigualável, e no palco exteriorizava toda sua comunicação e talento, fazendo as platéias aplaudir, chorar e rir, com a mesma facilidade.
E neste 12 de dezembro, às 14 horas, na Capital do Estado, aos 63 anos, sendo 50 de palco, o nosso artista símbolo do gauchismo culto e xucro, pulou a cerca da vida e se foi contar causos, cantar e tocar nas tertúlias do céu, amadrinhado pelos que lhe vieram a cavalo abrir porteira. Nesta hora por certo, Aureliano, Jaime, Noel, Cenair, Darcy, Lessa, Marco Aurélio Campos, Luiz Menezes, Leopoldo, Gláucus os Irmãos Zeno e Rui Cardoso, e todos que engrandeceram nossa cultura regional, moradores no mundo espiritual, estão de festa a uma semana na Pátria Maior porque o Zé Cláudio chegou.
É ele era assim , fazia festa quando os amigos chegavam, vibrava com o sucesso dos companheiros, tinha um coração maior do que o pampa que ele amou e cantou até morrer o corpo, pois a alma não morre e nem seu canto morrerá, porque enquanto existir um gaúcho de gaita, violão e goela afinada, o mundo ouvirá suas canções.
Receba meu amigo esta oração que fizemos pra ti, saiba que ficamos tristes pela tua eterna cavalgada á Pátria Maior, ao pago de Deus, mas estamos confortados por ele liberar tua alma e por ter tido o privilégio do rico convívio pessoal de 40 anos, e todos, por tuas músicas profundas de um cantar galponeiro e gritos de vamos cavalo, toca, toca, eira, eira. O teu Pedro Guará partiu sem rastro, mas tu deixaste fecunda marca de amizade, de amor e de liberdade.
Para pensar: É preciso viver no bem da vida e não ver a vida passar no mal dela.
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Fonte! Coluna Regionalismo nº 481, de Dorotéo Fagundes de Abreu, do dia 26 de dezembro de 2011.
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