sexta-feira, 4 de março de 2011

Chasque do Presidente da CBTG!

SOBRE A SAGA DOS GAÚCHOS

CTG uma reflexão!

Na busca por um futuro melhor, gaúchos e gaúchas percorrem o país, desbravam o chão desconhecido, conquistam o Brasil e são presença até no exterior! Levam o conhecimento, o gado, a soja, a uva, o arroz para o difícil cerrado, mas não impossível; para o nordeste por vezes esquecido, mas lembrado por eles; para a distante Amazônia, mas próximas daqueles que persistem. Mudam a cara do país e apresentam aos brasileiros uma nação fértil!
 A vontade, a persistência, a esperança de fazer um amanhã melhor migrou, mas permeado de orgulho da terra que os lançou para o mundo, levam consigo os seus valores culturais e formam pólos referenciais da nossa cultura. Conseguem conviver e até se destacar das culturas locais, não se sobrepondo às outras, porque o espaço cultural é amplo e diversificado e inclui àqueles que dele querem fazer parte, não é a “outra”, por que passou a ser a própria cultura local. Porém a criação dos CTGs e as práticas de respeito, valores e ideologias se tornam referência para a sociedade local e por vezes, único ponto de encontro e de diversão para todos.

 O diferencial o faz diferente e admirado por muitos: as solenidades de posse de patronagem de um CTG são marcadas pelo entusiasmo, com palavras encorajadoras, com a presença da totalidade de membros, mostra a mesma força de vontade para o trabalho que o fez migrar, mas que agora se dispõe a trabalhar por outro ideal, que também o acompanhou na longa caminhada, o ideal da cultura. A alegria da vitória na conquista do cargo dentro do CTG marca mais uma fase desta longa jornada, que embora longe do pago o faz permanecer dentro dele.

 Passadas as solenidades, vem à realidade...! Para dirigir estas entidades contamos com voluntários que se propõem a dedicar parte de seu tempo para construir para um espaço cultural, comprometido com os princípios tradicionalistas e para congraçamento da família, agregando crianças, jovens, adultos e também para os mais experientes. 

 O tradicionalismo com sua base no voluntariado, conta com pessoas que, no primeiro momento, se propõem a colaborar, a vestir a camisa, porque para os nós tradicionalistas realmente comprometidos o “ser” vem antes do “ter” e em contrapartida o “fazer” vem ainda antes do “ser”!

 Mas......depois, muitas delas, enfrentam as dificuldades do dia-a-dia, de conciliar suas atividades profissionais, familiares com as atividades tradicionalistas e, muitos outros problemas e acabam se afastando do compromisso assumido. Ficando o trabalho para poucos.

 Ao falar em tradicionalismo gaúcho fora do Rio Grande do Sul, onde embora tenhamos conquistado o nosso espaço tudo aqui é mais difícil. Conquistamos o respeito, conquistamos o nosso lugar ao sol, mas, com dificuldades que só quem vive aqui sabe!

 Esta realidade é dura, mas muitas vezes não é só isso. As pessoas também não se sentem preparadas para a função que assumiram, porque a realidade do pós eleição é diferente dos “louros” da vitória.

 Além disso, existem pessoas que se inserem no meio tradicionalista, para ganhar prestígio, sentirem-se valorizadas e esquecem que junto com o cargo vêm os encargos, outras aceitam o convite para o cargo, assumem e somem, e ainda aquelas que ao invés de servirem ao tradicionalismo se servem do tradicionalismo. E assim vai...

 Não posso de maneira alguma generalizar essas situações, mas tenho visto muitas entidades com problemas semelhantes e como presidente jamais poderia me calar frente a essas situações, caso contrário estaria sendo mais uma dessas pessoas, não quero aqui fazer barulho apenas, quero sim, buscar uma conscientização, é importante pararmos para refletir sobre os atuais problemas e unidos buscarmos soluções.

 Algumas pessoas precisam ainda ser conscientizadas de que uma entidade tradicionalista tem uma grande missão, não só para com o Movimento Tradicionalista, na preservação de uma cultura, mas também para com a sociedade.

 Entendemos que os dirigentes precisam a todo o momento estar avaliando o rumo de sua gestão e não apenas deixando o tempo passar ou até mesmo a entidade morrer.
 O que fazer para conscientizar alguns dirigentes de entidades tradicionalistas de que esta não é propriedade sua e sim que ele está ali representando uma sociedade que anseia por um espaço aberto para toda a sua família?

 É necessário um repensar comprometido, uma forma de conscientização daqueles que querem estar no meio das lideranças tradicionalistas, mas, que não avaliam as exigências das responsabilidades para com o movimento e para com as causas tradicionalistas.

 A colaboração para a construção de uma sociedade mais justa e mais humana é uma das metas do tradicionalismo. Baseados na nossa “Carta de Princípios” criamos instituições tradicionalistas que procuram preservar valores familiares e temos que proporcionar a esta sociedade tão sofrida e marginalizada um ambiente que direcione realmente a inclusão social da família. A sociedade de hoje necessita e merece cultuar valores.

 O tradicionalismo prima em seus princípios básicos pela ética, a moral, o respeito, o espírito associativo para o fortalecimento e para que se dê vida longa as nossas entidades tradicionalistas para que realmente esses princípios não fiquem só no papel. Mostrar valores, objetivos, buscar novos adeptos, fortalecer a entidade e proporcionar a inclusão social devem ser prioridade de uma gestão.

 Os líderes e administradores do Tradicionalismo devem ser imbuídos do espírito de cooperação, onde deve prevalecer o espírito de união, devendo ser combatida a disputa, as indiferenças, para que haja um fortalecimento da entidade.

 A falta de reconhecimento desses valores, entretanto, tem levado muitas entidades tradicionalistas a diminuírem e até mesmo paralisarem suas atividades, levando a prejuízos econômicos, sociais e culturais para a entidade e para o Movimento Tradicionalista. Os dirigentes precisam estar sempre conscientes de seu compromisso para com a valorização da instituição que se propõem a dirigir.

 Pensando na socialização do conhecimento tradicionalista e no fortalecimento de nossas entidades a CBTG está envidando esforços para colocar a disposição de todos, mecanismos que possibilitem o fácil acesso a informação, seja através de Cursos, Palestras, Seminários, oficinas, eventos, porém, também aceitamos sugestões e parcerias comprometidas com a nossa causa, afim de buscar o fortalecimento da nossa cultura.

 Disponibilizamos nossa página na internet (http://www.cbtg.com.br/) para divulgação de todos os eventos tradicionalistas de nossas entidades filiadas.

 Nos dias atuais a TV é um importante meio de comunicação e a “TV Tradição” da CBTG representará um importante canal de comunicação para os tradicionalistas, uma ferramenta que certamente irá aproximar cada vez mais as nossas buscas, por um único ideal: o fortalecimento da nossa Cultura Tradicionalista Gaúcha!

 Saudações Tradicionalistas

 Fonte! Chasque de Dorvilio Jose Calderan, Presidente da CBTG (Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha), publicado no dia 23 de fevereiro de 2011 no sítio http://www.cbtg.blogspot.com/.

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