quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

COMUNICADO AOS NOSSOS FÃS E AMIGOS



Bueno! Os Diretores do Conjunto Musical Os Pampeiros - o EDU e a ALZENEIDE  (retrato acima) comunicam que por motivo de força maior, o baile gaúcho beneficente que estava programado para o dia 27 de março no MOINHO ANDALUZ, foi transferido para uma outra data. Oportunamente publicaremos aqui no blog.

Aproveitamos para convidar a todos para participar dos seguintes eventos já agendados que terão a animação dos PAMPEIROS:

> Dia 24 de abril - na Fazenda Aurora
> Dia 05 de junho - novamente na Fazenda Aurora

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Um peão estrada afora

O senhor está vendo lá na estrada aquele vulto que se move despacito? É um velho gaúcho que volta pras suas pobrezas, um trabalhador de sol a sol, um homem forjado no lombo do pingo que pagou caro pelo preço de todos os aporreados que domou, que carrega nos braços as marcas das mordidas dos colhudos que sofrenou. Lá vai, outra vez, qual um duende alquebrado em suas pilchas já puídas, um símbolo vivo dos que vivem hoje nos silêncios de um rancho de campo, mastigando solidões, curando os golpes duros de cada pegada, andando com as pernas tortas depois de tanto estradear. Le peço, não ria nem deboche daquele farrapo, porque ele leva nas mãos calejadas todas as ingratidões que um vivente, às vezes, se obriga a passar. Andeja pelo mundo sem que a Previdência tenha vindo lhe ajudar. Perdeu, ao longo dos caminhos, os amigos e os companheiros. Hoje só lhe resta nas noites de luar, a canha e uma antiga viola de pinho para vibrar as cordas e tocar antigas milongas pra um cusco escutar.

Enquanto troteia no lombo do seu lobuno cabano, certamente vai pensando naquela florzita linda que um dia mirou lavando roupa sobre a pedra da sanga. A prenda que foi dele e que depois também se foi. Quando voltou de uma tropeada, o rancho estava vazio, não suportou viver naqueles descampados. E no chocalhar dos aperos, o índio vai fitando o poente, onde o sol daqui a pouco descamba. O xiru sabe que depois disso a lua virá se debruçar na humilde varanda, atrás do ranchito, e então poderá pitar um palheiro devagar, olhando a fumaça espessa e cheirosa, porque ainda resta um naco de fumo de rolo lá da venda do Venuto. Ah, meu senhor, aquele é um dos antigos, eu queria que a vida lhe reservasse outro destino...Mas ele aguenta firme, qual um pau-ferro perdido no meio da invernada.

Daqui a pouco, quando o senhor voltar pra cidade, vai passar na frente do rancho dele, ali no Durasnal, sabe onde fica? Pois então faça-me um favor, entregue esta manta de charque, diga-lhe que é de meu feitio. Amanhã é Natal, logo depois vem o Ano-Novo, e um carreteiro feito a capricho dá gosto, não concorda? Ainda mais um homem como aquele, nascido lá no Rincão da Cruz e aquerenciado aqui na Vila Rica. Não o conhece? É o velho Firmino... Ah, e se der tempo, fique um bocadinho, tenha uns dois dedos de prosa, pergunte pela cavalhada que ele deixava pronta até pra selim de china. Pergunte pelo alazão Tranquilo, um cavalo que ele levou três meses pra amansar. E pela égua baia, do seu Juventino... Leve um abraço meu, da gurizada, e olhe, leve também este surrão de couro, porque nunca deve faltar erva pra um gaúcho tomar mate...

Fonte! Chasque publicado no Correio do Povo de Porto Alegre/RS - http://www.correiodopovo.com.br/. Edição do dia 21/02/10, de autoria de Paulo Mendes - pmendes@correiodopovo.com.br, no Caderno Correio Rural.

Crédito: Arte de Luiz Octavio sobre a foto de Aldo Sessa, extraída do Livro "GAUCHOS".

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Contos em Canto - Luiz Marenco

Neste projeto pioneiro, Luiz Marenco coloca a disposição do público infantil toda a sua preocupação para com a valorização e preservação da cultura e folclore regional, pois tem a consciência de que as crianças devem conhecer a sua história, os usos e costumes do povo gaúcho, formando assim, cidadãos compromissados e responsáveis com a sua identidade local e cultural em contraponto com os jogos eletrônicos e a ociosidade em que vivem a maioria das crianças do nosso tempo.

A idéia do CD sobre o folclore infantil foi do próprio músico Luiz Marenco e quem viabilizou o projeto junto a Lei de Incentivo a Cultura foi a empresa Soma 3 Assessoria e Consultoria. O projeto, portanto, conta com a aprovação do Ministério da Cultura e já está habilitado para captação dos recursos.

Além de evidenciar o folclore gauchesco, Luiz Marenco quer que todos, indistintamente, tenham acesso à esta cultura. Por isso, quando do lançamento do novo CD será disponibilizado um intérprete de Libras e parte da tiragem do CD terá encarte com as letras em braile.

O projeto cultural ainda prevê a distribuição de parte dos CDs para escolas municipais, bibliotecas, CTGs e instituições sociais.

O lançamento provavelmente será ainda no ano de 2010 e está previsto para as cidades de Pelotas, Porto Alegre e Caxias do Sul sendo que as composições estão sendo criadas pelo compositor Sergio Carvalho, por Luiz Marenco e outros músicos.

Histórico do Marenco

Luiz Marenco é o um cantor do campo, todas as suas letras retratam as vivências dos homens e mulheres que vivem nos ambientes rurais do Rio Grande do Sul. Sua voz é conhecida em vários estados brasileiros, e fora do país, como Uruguai e Argentina, onde participou de diversas gravações de CDs de artistas folcloristas destes países. Participante ativo dos principais festivais de música do Estado do Rio Grande do Sul e nos países vizinhos é reconhecido por inserir no público urbano os temas da regionalidade gaúcha.

Hoje nos seus quase 20 anos de carreira Luiz Marenco é consagrado por ter ainda em seu currículo um CD de Ouro “Luiz Marenco Ao Vivo” e um DVD de Ouro “Luiz Marenco Todo Meu Canto”.

Fonte! Chasque de Mariana Ferreira - Produção Executiva. Fones (53) 9963.0391 - 8113.4124. E-mail contato@luizmarenco.com.br. Galpão Virtual www.luizmarenco.com.br.

Publicado no dia 12/02/10 no galpão virtual Prosa Galponeira - www.prosagalponeira.blogspot.com.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Festa Gaúcha Beneficente no Moinho Andaluz


Bueno! No dia 27 de março, o conjunto musical Os Pampeiros animará uma grande festa gaúcha beneficente, no Moinho Andaluz, que fica na Rua Lucélia, 504, no bairro Chácaras Reunidas, em São José dos Campos - SP. Telefones para contato: com o Moinho Andaluz (0xx12) 3934-8966 ou com Edu ou Alzeneide, diretores dos Pampeiros (0xx12.9116.2100, 0xx12.9739.2557 ou 0xx12.239317942).

MOINHO ANDALUZ  - Tradição e Cultura em um único espaço - http://www.moinhoandaluz.com.br/.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Aconteceu nesta data em 2006!

A TRADIÇÃO LEVADA A SÉRIO EM SÃO PAULO

Bueno! O mês era fevereiro. A semana era antecedida do carnaval Pois foi no dia 11 de fevereiro que este gaúcho teve a honra e o prazer de participar, juntamente com sua família, de um evento tradicionalista no galpão do CTG Saudades da Querência, em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, no interior de São Paulo. Era um almoço seguido de uma domingueira, que foi animada pelo famoso grupo Os Pampeiros (que iniciaram as suas atividades na música gaúcha na cidade de Ijuí – RS, mas estão em São José dos Campos há mais de 20 anos, tocando fandangos gaúchos por todo o sudeste brasileiro).

O almoço foi um típico churrasco gaúcho, com acompanhamento de comida campeira e saladas diversas. Antes do início da domingueira, as invernadas do CTG fizeram a sua apresentação. Parecia que a gente estava num evento tradicionalista num galpão de CTG no Rio Grande do Sul. Mas o que mais chamou a nossa atenção, por ser uma época de férias, por ser verão e por ser véspera de carnaval, foi a quantidade de pessoas presentes que estavam devidamente pilchadas, pois não se enchia contando os dedos de duas mãos, de participantes não pilchados. Notou-se o orgulho que estes desgarrados sentiam por estar devidamente pilchados, entre os quais, praticamente todos os jovens, que, na maioria eram integrantes das invernadas do próprio CTG. E, muitos gaúchos presentes, paulistas de nascimento, de outros estados e até do Uruguai, orgulhosamente se diziam gaúchos de coração.

Depois disso, uns dois meses depois, deu aquele estouro em Santa Catarina, onde o MTG barriga verde, com a Moção 5, aprovou a contratação de artistas sertanejos pelos CTGs em seus eventos tradicionalistas, o que era um absurdo, que, graças a Deus foi derrubado pela CBTG e por todos os defensores do tradicionalismo gaúcho de todo o país. Percebemos que muitas vezes no Sul estão faltando com o respeito com a sua própria cultura, o que custou, no Rio Grande do Sul, a desfiliação recentemente de uma entidade tradicionalista em Canoas e a suspensão de outra em Vacaria.

Que o exemplo de São Paulo sirva para nós gaúchos e sulriograndenses, pois muitas vezes temos dificuldades nos nossos eventos tradicionalistas, com pessoas com quase nenhuma consciência tradicionalista, sem a tradicional pilcha e muitas vezes, com roupas mínimas (minissaias, decotes, fusô, bermudas, etc.), tentando participar dos nossos eventos. Isso sem falar na musicalidade, pois muitos dos grupos gaúchos do Rio Grande do Sul perderam a identidade e enveredaram para o lado dito moderno, de vanguarda, abandonando o tradicional, tocando no estilo tchemusic. E neste caso, Os Pampeiros, mesmo longe do Rio Grande do Sul há mais de vinte anos, dão o exemplo como animar um fandango, sendo talvez o único grupo de fandangos e bailes gaúchos do país a apresentar aos patrões dos CTGs, o contrato padrão da CBTG para animação de fandangos e bailes gaúchos. E o estilo musical do grupo é o autêntico compasso gaúcho. Mesmo estando longe de suas raízes, respeitam a tradição da sua terra, o Rio Grande do Sul.

Chasque de autoria de Valdemar Engroff  - Publicado na Rede de Informações da 1ªRT/Rs nº118, de 24 de agosto de 2007. 

No primeiro retrato: o mineiro Freddy Andrade, seus pais; os passofundenses Ademir e Zilá e os visitantes de Alvorada - RS Valdemar e Marilene, com Ana Paula (prendinha de faixa)



No segundo retrato, o encontro de fãs dos Pampeiros no CTG Saudades da Querência: Valdemar Engroff, de Alvorada - RS e Alberto Teixeira, de Jacaraí - SP.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

CTG Saudades da Querência - 1º Fandango de 2010!

Bueno! O Centro de Tradições Gaúchas Saudades da Querência reinicia suas atividades em 2010 e te convida para o grande fandango a ser realizado neste sábado dia 06 de fevereiro. O jantar será com churrasco no fogo de chão e está incluso no convite. A animação será do grupo Os Pampeiros.

Horário: das 20h30min às 2 horas.

Animação: Grupo Os Pampeiros.

Cardápio: Arroz de carreteiro, salada e churrasco no fogo de chão.

Local: Sede do CTG, acesso pela Rodovia dos Tamoios, km 5, em São José dos Campos - SP.

Traje: Pilcha Gaúcha ou Esporte.

Valor: Serão vendidos ingressos individuais a R$ 15,00 (sócios em dia) e R$ 20,00 (não sócios). Contato com o patrão Odari pelo telefone (12) 8840-2197.

TODA MÍDIA: OS PAMPEIROS

Para você que acompanha o Toda Mídia, esta semana tivemos a satisfação de entrevistar uma das bandas musicais mais famosas e gaudérias de São José dos Campos.

Estamos falando do grupo OS PAMPEIROS que se apresentaram na última sexta-feira no 2º Vale Tchê em SJ dos Campos. Com mais de 20 anos na estrada, a vocalista Alzeneide Benck em nome do grupo, bateu um papo descontraído e bem gauchesco sobre o sucesso musical que a banda leva fora do território Sulista.

Aquela perguntinha básica: como e quando começou o grupo OS PAMPEIROS?
- Em 1986, o Edu (vocalista e gaiteiro) veio para São José com o grupo “Os Caçulas”, mas o grupo se dispersou depois de um tempo, mesmo assim o Edu acabou ficando por aqui, onde nos conhecemos e resolvemos trabalhar junto. Primeiro montamos um grupo de dança com o nome “Alma do Rio Grande”, depois criamos o grupo “Os Pampeanos”, assim “Os Pampeiros” foi o nome que vingou.

Cantar e compor músicas gaúchas tem um "sabor" diferente?

- Sim, a musica esta no sangue. Quando estamos tocando não sentimos dor, nem magoa, e muito menos raiva, e sim a felicidade por estar fazendo o que mais gostamos que é tocar, cantar e encantar nosso publico.

E a saudade do Rio Grande, como vocês reconciliam essa distancia na vida de vocês?

- Bom. Papai era militar e sempre vivíamos um ano ou dois em cada cidade, a ultima cidade foi São José, e ficamos radicados por aqui. O Edu veio depois, e acabamos nos conhecendo e estamos juntos até hoje. A saudade do sul a gente tira na musica, na melodia gauchesca e na minha casa, onde montei uma cozinha bem sulista.

Como é a aceitação do público no Vale do Paraíba e qual é a diferença de fazer um show no sul do país e um fora das querências sulistas?

- Os Pampeiros com a graça de Deus, é querido em todos os lugares por onde passa, aliás, aqui quando tem fandango e nossos fãs e amigos ficam sabendo que iremos tocar, é certeza de casa cheia, no Sul de Minas Os Pampeiros são famosos e queridos naquela região. No Sul não tocamos ainda pelo motivo de ter muita banda gaúcha, e para sair daqui e ir até lá só se for um cachê muito bom, porém um dia iremos se Deus quiser realizar o sonho de um grande amigo e da família dele (Valdemar Engroff) em Alvorada-RS.

Quais são as dificuldades que vocês mais enfrentam e enfrentaram desde o início do grupo?

- Dificuldade não falta, Os Pampeiros segurou sozinho por anos e anos a tradição gaúcha nesta região. Por falta de patrocínio, falta de verba, para termos seguidores montei em minha casa aula de dança gaúcha, fui ensinando o povo a dançar e vestir nossas pilchas (roupas gaúchas) e a coisa foi crescendo. Eu e meu amigo Jandir Paulo - professor de dança, fizemos com muito orgulho bons dançadores em São José. Assim Os Pampeiros iam tocar e levava muita gente, muita gente mesmo, todos a caráter, inclusive os alunos nossos que nos seguem até hoje. Outra dificuldade é a mídia que não nos ajuda de jeito nenhum.

Qual música vocês mais gostaram de compor e por quê?

- São muitas, mas que eu gosto mesmo é a “A Noite é Pequena”, “Criado na Fazenda” e “Teu Sorriso” letra do grande amigo Pascoarelli já falecido.

Além de pretender fazer show em terra sulista, quais são os projetos da banda para o futuro?

- Projetos são muitos. Estamos preparando musicas para o terceiro CD, queremos fazer um DVD também, mas enquanto isso vamos fazendo nossos trabalhos pela Região e Sul de Minas.

Pretendem um dia voltar para a terra natal definitivamente?

- Não pensamos nisso, o destino só a Deus pertence, mas se morrer aqui quero ser enterrada com a cabeça para o lado do meu Rio Grande.

A banda se inspira em algum cantor ou personalidade gaúcha?

- Não. Temos o nosso próprio estilo, mesmo cantando músicas de outros grupos procuramos dar a nossa imagem, não gostamos de imitar ninguém, somos nós mesmos, nosso trabalho é simples mas bem feitinho. Gosto muito de João Luiz Correia, Os Monarcas e Os Serranos (músicos e bandas do Sul).

Como o grupo encara o polêmico "Tchê Music"? Realmente pode ou já esta deturpando a música tradicional gaúcha na visão de vocês?

- Eu não dou muita bola para esses “bobos”, que ficam ai imitando a tradição, brinco na orelha e lenço na cabeça, as bombachas deles são ridículas e horríveis. Os Pampeiros têm uma bela vestimenta, se apresentam a caráter, procuramos o melhor da musica gaúcha.

Integrantes:
Edu
- vocalista e gaiteiro (Ijuí – RS);
Alzeneide - violão e beck vocal (Bagé – RS);
Nil - guitarra solo e vocal (Mato Grosso);
Carlos - contra baixo e beck vocal (São Paulo);
Damião - baterista (São Chico – RS).
Fundação: 19 de novembro de 1986
CDs lançados:
Fandango da Saudade” (2002)
“Nosso Estilo” (2005).
Contatos p/ show
: (12) 39317942 / 91162100 / 91220426 / 39418727 ou por e-mail: mailto:agbenck@itelefonica.com.br

Fonte! Galpão virtual Vejo São José, da cidade de São José dos Campos – SP – www.vejosaojose.com.br , por Fredy Andrade - frevieira@hotmail.com . Chasque reproduzido na sua íntegra na REDE DE INFORMAÇÕES da 1ª Região Tradicionalista do RS nº 99, de 10 de agosto de 2006.

Chasque de apresentação do Conjunto Musical OS PAMPEIROS

Bueno! O Conjunto Musical Os Pampeiros nasceu na cidade de Ijuí, no Rio Grande do Sul, no ano de 1986, sendo um grupo com tradição gaúcha, de pessoas humildes, porém, com muita garra e vontade de vencer. Atualmente o grupo está radicado em São Paulo, mais precisamente na cidade de São José dos Campos e está trabalhando com a música sulista, em especial a música fandangueira do Rio Grande do Sul (milonga, valsa, vanera, vanerão, chote, rancheira, bugio, chamamé), além de outros segmentos musicais muito em voga no interior paulista, como o forró. O grupo trabalha com estrutura própria de sonorização, iluminação e transporte. Seis são os integrantes, a saber: Edu Vicente; Alzeneide; Beto; Admilson; Damião e Waldir e mais uma equipe de apoio técnico.

Em 2002, o grupo gravou o seu primeiro CD “Fandango da Saudade”, de forma independente, “que vendeu mais que pastel em cancha de carreira...”. Depois da gravação deste CD, o grupo montou um estúdio próprio de gravação, onde produziu e gravou o seu segundo CD, “O Nosso Estilo”, que, como o primeiro, foi sucesso absoluto de vendas, especialmente no interior de São Paulo e de Minas Gerais. Assim como no primeiro CD, onde todas as composições eram compostas por integrantes do Grupo, com destaque para o gaiteiro Edu Vicente, no segundo CD temos a gravação de duas marcas de compositores famosos do Rio Grande do Sul. Trata-se da música “Não Chora China Veia”, de Elton Saldanha e Luiz Cláudio e “Pealo de Cucharra”, de José Machado Leal e Jesus Almeida. Também cabe destacar a efetiva participação com duas canções (letra e música) e apoio amplo, geral e irrestrito, de Francisco Carlos Fighera (Chico Figuera), com “A Vida é um Tranco de Baile” e “Tranqüilo como Água de Poço”. As demais composições, também são de integrantes do próprio grupo, onde novamente se destaca o gaiteiro Edu Vicente.

Os dois CDs do grupo nos mostram que o estilo musical dos Pampeiros é como se o grupo estivesse atuando no Rio Grande do Sul, pois tocam no “autêntico compasso gaúcho”. No entanto, o grupo atua no interior paulista onde é sucesso por onde passa, e em Minas Gerais, onde tem tocado muito em rodeios, em exposições e em grandes feiras, sendo aplaudido por onde tem passado.

E quando Os Pampeiros são contratados para tocar em outros tipos de sociedade, que não é a sociedade tradicionalista, todos os seus integrantes sobem no palco e tocam devidamente pilchados, onde o repertório e o compasso são totalmente e autenticamente gaúchos, como se o grupo estivesse tocando num galpão de CTG.

Rádio Rural lança o CD no RS

No dia 9 de julho de 2005, o programa “Cantiga de Herança e Terra”, apresentado na Rádio Rural AM 1120, em Porto Alegre – RS, por José Machado Leal, das 14 às 16h, oficialmente lançou o CD “Nosso Estilo”, no meio radiofônico do Rio Grande do Sul, onde foram tocadas três músicas, incrementado com uma entrevista, direto via telefone, de São José dos Campos – SP, da diretora Alzeneide Benck. A repercussão foi tamanha que, após a entrevista, o telefone da residência dos Pampeiros congestionou, com ligações de todo Brasil, principalmente do interior paulista, de Minas Gerais, de Porto Alegre e do interior gaúcho.

Grupo adota contrato padrão da CBTG

O Grupo Musical Os Pampeiros, preocupado em manter viva a chama da tradição gaúcha, mesmo longe do pago sulriograndense há mais de 20 anos, provavelmente de forma inédita em todo o Brasil, seja o primeiro grupo de fandangos e bailes gaúchos, que tenha adotado o CONTRATO PADRÃO DA CBTG para animar o fandango ou baile gaúcho em qualquer galpão de CTG.
Cabe ressaltar que nem no Rio Grande do Sul se tem notícia de algum grupo musical que anime fandangos e bailes gaúchos, tenha adotado por livre e espontânea vontade, algum contrato parecido. Sabe-se que no Rio Grande do Sul, na 1ª Região Tradicionalista, os CTGs, junto com a Coordenadoria Regional e o Conselho de Vaqueanos têm o contrato padrão da 1ª RT para a contratação de grupos para animar bailes gaúchos e fandangos.
Fonte! Chasque de Valdemar Engroff, publicado no jornal eletrônico Rede de Informações da 1ª RT do RS, em 2005, quando era diretor de divulgação da 1ª Região Tradicionalista do Rio Grande do Sul.