quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Agende-se pra Dezembro ! ! !

Bueno! Chegamos a galope trazendo na mala de garupa a penca de eventos já contratados com a animação macanuda do Conjunto Musical Os Pampeiros. Marque em sua agenda:

1 - Dia 10 de dezembro - no Mangueirão, em Pindamonhangaba - SP;

2 - Dia 11 de dezembro - grande festa de confraternização na concessionária Planeta Motos, em São José dos Campos - SP;

3 - Dia 12 de dezembro - grande domingueira no galpão do CTG meu Pago, em Diadema - SP. Ver chasque deste evento abaixo!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Mate de Comadre em Cuia de Porcelana

No último dia da 56ª Feira do Livro de Porto Alegre - 15 de novembro, aconteceu o evento "Mate de Comadre em Cuia de Porcelana", às 18h30, no Deck dos Autógrafos, no Cais do Porto. Nele, o Patrono Paixão Côrtes falou sobre a tradição gauchesca de tomar o mate doce em cuia de porcelana.
Foto Ana Fraga

O público foi convidado a participar e levar seu mate para a roda

Foto Carlos Paixão Côrtes

MATE DOCE

Em nosso livro “O Gaúcho – Danças, Trajes e Artesanato”, publicado em 1978, nos atendo às peças artesanais usado no meio social rural gauchesco de outrora, (fins do século XIX primórdios de XX) referentes a certos tipos de cabaça na qual nossas prendas e avoengas serviam uma infusão de “ilex paraguaiense” com água quente, através de uma bomba típica (canudo) de metal, semelhantemente ao mate paraguaio, porém este servido com água fria e denominado de terêrê.

Da nossa matéria editada extraímos o seguinte texto:

“A porcelana ligada à tradição gauchesca tem nas cuias para mate doce, tão ao gosto das mulheres, as peças mais representativas. Assim como muitos objetos de metal dos campeiros e peças de uso pessoal (ponchos, palas), as cuias de porcelana eram produções européias que vinham destinadas aos mercados consumidores das áreas sul-rio-grandenses, argentina e uruguaia, da mesma forma como acontecia com relação aos tecidos dos mais diversos. Isto ocorria em decorrência da estrutura comercial existente anteriormente, nos países sul-americanos e em razão de ausência do espírito industrial fabril de nossa gente nos primórdios de sua formação sócio-cultural, como já fizemos referência ao longo desta obra.

Estas peças, as cuias de porcelana, que hoje ocupam prateleiras de colecionadores e vitrinas de museus, variam de formas e tamanho, embora não excedam a dezessete centímetros de comprimento, com uma capacidade de 80 gramas para erva e com uma boca em forma de três centímetros de diâmetro.

As mais singelas eram estreitas (na sua largura) e com uma alça lembrando uma pequena xícara. As mais requintadas apresentavam um pé torneado e um elemento figurativo mitológico como, por exemplo, um anjo de asas semi-abertas ou então outros símbolos artísticos, geralmente humanos, sustentando o bojo do recipiente, destinado a receber a erva-mate. Aliás, frequentemente, este adorno continha flores em alto relevo, delicadas grinaldas, bordos dourados, etc. Em diversas cuias de porcelana liam-se inscrições como: amizade, saúde, amor, felicidade, etc. que pela sua grafia nos leva a acreditar serem, predominantemente outrora fabricadas na França.

Afora estas cuias antigas, de maior significado utilitário e decorativo, a porcelana atual fabricada no Rio Grande do Sul, com fins mais diversificados, resulta de uma mistura de quartzo de feldspato, barro e energia. Da pasta à modelagem, do cozimento à função dos objetos, do emprego de tintas à terminação, ela está fundamentada na cultura teuto-rio-grandense atual, sem maior vínculo estético, ou artístico à arte folclórica gauchesca propriamente dita”.

Para tais cuias pretéritas, exigiam-se bombas relativamente pequenas, proporcionais à peça com chupeta de ouro, lisas, com discretos anéis ou torneadas, na extensão da própria prata ou metal branco. Nas mais requintadas, via-se ao longo do comprimento ajustado à haste da própria bomba figuras de flores, pássaros fixos ao comprido ou inclusive as iniciais da dona da casa, próprio ao manuseio delicado dos dedos femininos.

Sabe-se também pela orabilidade que o mate traduzia simbolicamente uma mensagem poética muda e por vezes amorosa relacionada ao namoro entre os jovens solteiros ou mesmo na roda das comadres no horário da meia-tarde em diante. Alguns mates se faziam acompanhar de jujos, isto é, ervas medicinais.
Foto Carlos Paixão Côrtes

Assim falavam provincianas do Rio Grande:
Mate com mel – “quero casar contigo”
Mate com açúcar queimado – simpatia
Mate com canela – “só penso em ti”
Mate com açúcar – amizade
Mate frio – desprezo
Mate com sal – “não apareças mais aqui”
Mate com cascas de laranja – “vem buscar-me!”
Mate muito amargo – “chegaste tarde, já tenho um amor”
Mate lavado – “vá tomar mate noutra casa!”
Mate servido com água quente pela bomba – “Desapareça da minha frente”
Mate com leite ou funcho – para amamentar
Mate com marcela – colhida na sexta-feira santa antes do alvorecer é mate santificado, bom para tudo
Mate com quebra-pedra – é bom para as urinas
Mas o mate poderia proporcionar um momento desastroso a um afoito gaúcho conquistador, se o pai da nossa cortejada, considerasse o ato, “um namoro contrariado dos antigamente”.
Assim, o “taita” com habilidade e sutileza botava no mate do pretendido à mão se sua filha, uma folhinha de umbu. É disenteria imediata!
O gaúcho, então garboso, deixava um rastro ridículo rumo ao mato...

Foto Ana Fraga

A 56ª Feira do Livro que se realiza em Porto Alegre trouxe uma edição de Rosina Duarte com retalhos de memória sob o título “Contos sem Fada”.

A autora no capítulo “mate de mulher” nos brinda com o seguinte texto:

MATE

Adoçado com açúcar ou mel, perfumado com canela e jujos (ervas), ou acrescido de leite, o mate das mulheres era um primor de criatividade e uma subversão declarada ao chimarrão (amargo) dos homens. Nem os tradicionais avios eram respeitados, pois a cuia era comumente substituída por canecas de louça.

A hora do mate, para as mulheres, era o meio da tarde, quando as lides da casa aliviavam, os filhos estavam na escola ou brincando na rua, e os mari¬dos, trabalhando. Elas se juntavam para conversar, ouvir novelas, fazer traba¬lhos manuais, trocar receitas e atualizar as fofocas.

O mate doce nunca vinha só. As mulheres costumavam sentar em roda de uma mesa onde eram servidas, pelo menos, galletas e rapadura de palha. Cucas, broas, bolos e doces caseiros de várias naturezas eram o orgulho das comadres que, ao chegarem de visita, costumavam obsequiar a dona da casa com “‘alguma coisinha boa”.
Foto J. C. Paixão Côrtes

Assim: Verde, Amargo, Mate Amargo, Mate Chimarrão ou somente Chimarrão é bebida típica especialmente servida entre os homens do Rio Grande.

Mate doce, Mate de comadre é bebida servida somente às mulheres gaúchas.
Foto! Carlos Paixão Côrtes
Fonte! Chasque de autoria de João Carlos D'Ávila Paixão Côrtes, publicado no dia 13 de novembro, no sítio Paixão Côrtes - Vivências e Convivências - http://paixaocortes.blogspot.com/

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Os Pampeiros rumando para Minas Gerais

Bueno! O Conjunto Musical Os Pampeiros, depois de animar com brilhantismo, como sempre acontece onde se apresenta, no galpão do CTG Saudades da Querência, em São José dos Campos - SP, está com o pingo encilhado e logo mais estará rumando para o Sul de Minas Gerais, para animar uma baita festa gaúcha. Será mais precisamente na cidade de Passa Quatro.

Aos fãs e amigos do conjunto, aquerenciados em Minas Gerais, nos aguardem que estamos chegando!!!!
É o Conjunto Os Pampeiros rumando para Minas Gerais!

De acordo com o portal Wikipédia,  Passa-Quatro é um município do estado brasileiro de Minas Gerais, situado na microrregião de São Lourenço. De acordo com o censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2000, sua população era de 14.885 habitantes e em 2007, 15.285, abaixo da estimativa para 2003, de 15.300. A área territorial é de 277 km² e a densidade demográfica de 53,73 hab/km². É uma estância hidromineral e região turística.

Se quiseres saber um pouco mais sobre Passa Quatro, abra as cancelas clicando em http://pt.wikipedia.org/wiki/Passa-Quatro